sábado, 17 de marzo de 2018

A mulher não está na História

Seria mais uma aula, professor com conteúdo preparado, iniciou o título e consequentemente o tema da aula: "Sociedades indígenas na América", uma discente, por volta dos 12 anos de idade, com características de tímida lançou o seguinte questionamento: - Professor D. Por que não estudamos a História das mulheres? Por alguns segundos fiquei pensativo, nossa, que pergunta surpreendente, logo nesta sala de aulas de modo geral apáticos. - Veja bem, podemos começar a refletir sobre este livro didático, que o MEC (Ministério da Educação) aprova o conteúdo a ser fornecido aos alunos por meio da arrecadação de tributos.Folheie o livro, procure imagens, pinturas femininas. Você verá que são poucas. Para entender esse fenômeno social, devemos compreender a existência do machismo, seu funcionamento e mecanismos de controle pelos homens. - Entendi. Nossa, olhando esse livro percebo como é muito desigual, quase não tem mulheres nesse livro do 7º ano. - Concordo, as mulheres vem conquistando espaço social com bastante consistência logo após a Revolução Industrial na Inglaterra em meados do século XVIII, infelizmente trabalhando em várias jornadas, em indústrias e nos afazeres domésticos. - Eita, e pelo que o senhor está dizendo as mulher trabalham muito e não aparecem no livro de História! - Como eu disse anteriormente, o machismo tem muito a ver com isso. Somente em 1932 que as mulheres passaram a votar no Brasil, daí você percebe como estamos atrasados em viver numa sociedade mais igualitária. - 1932 é muito antigo! - Se você pensar que o ser humano tem alguns milhões de anos de existência, 1932 é ontem! Você vai crescer e perceber que o trabalho para transformar a sociedade é árduo, mas precisamos que mulheres assim como você, curiosa e que enfrente a questão do machismo.




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